quinta-feira, 10 de junho de 2010

A produção capitalista do espaço (David Harvey)

No texto, o autor situa a o surgimento das cidades na conjuntura capitalista, numa nova paisagem física e histórica de globalização, pautando novas dinâmicas: relações sociais, culturas; assim, proporcionando a diminuição da dicotomia entre o mundo urbano e o mundo rural. Deve-se atentar que no processo urbano a lógica que impera é a da acumulação e da circulação (abertura das cidades para pessoas e mercadorias/capital).
O contexto socioespacial faz com que as cidades adaptem-se às demandas, principalmente, no que tange à urbanização dos grandes centros (importante ressaltar a importância da industrialização).
A expansão das cidades (circulação e acumulação) acarreta na problemática dos contrangimentos, principalmente, na esfera da circulação dos sujeitos (mobilidade pendular) para o trabalho, residência, lazer, entre outras. Deve-se acrescentar à esta expansão, a migração de grande contingente populacional das áreas periféricas que buscam, nos grandes centros, as mais variadas formas de acessar aos serviços.
Segundo Harvey, a realidade social e a busca por soluções, na conjuntura capitalista, proporciona melhorias aos citadinos, porém, a dinâmica social, acarreta em novas problemáticas: capitalistas - trabalhadores moldam os espaços sociais e são constrangidos pelos mesmos, conforme o modo de vida urbano e a problemática estrutural, no contexto das cidades e suas transformações capitalistas.
O Estado era o grande provedor das políticas urbanas até a transição das décadas 1960/1970, a partir deste recorte, passa-se a política urbana a ter um cunho extremamente empreendedor, numa parceria público/privado (mediado pelo edital de licitação-escolhida a empresa e seus investimentos, esta, passa a cobrar pelos serviços).
O processo intensivo de industrialização, a mobilidade urbana, a expansão do capital dos grandes centros capitalistas sobre os países periféricos, entre outras, são etapas em que países em desenvolvimento estão submetidos para atingirem os mesmos patamares dos grandes centros do capital.
A importância da reestruturação socioeconômica dos grandes centros do capitalismo e as suas influências sobre os países periféricos (reorientação das posturas das governanças dos países avançados - anos 1980/1990), além de ser necessário atentar para as marcas que os governantes buscam atribuir às cidades.
A partir de 1973, a constatação da mudança da gestão das cidades devido às crises capitalistas do período e as suas diversas formas de gestão do sistema e a possibilidade de "formalizar" atividades informais como medida de amenizar a crise. Atentar para as mudanças da economia e da vida pública a partir da crise dos ans 1970, além da fragilização dos Estados-Nação.

Obs.: Anotações das discussões levantadas na sala de aula, no dia 6/5/2010, com a ProfªDrª Rosemere Maia.

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